sábado, 13 de março de 2010

Fast Clube/Ulbra vence Manaus Compensão

Vitória deixa time na vice-liderança da 1ª Fase do Campeonato

Com boas atuações dos atacantes Pimenta, Marinélson e Maranhão, o Fast Clube/Ulbra venceu o Manaus Compensão por 3x0 e assumiu a vice-liderança da 1ª Fase do Campeonato Amazonense. A partida foi marcada por um grave incidente sofrido pelo volante Américo, aos 10 minutos de jogos, que assustou a todos.

O placar foi aberto logo aos 4 minutos de jogo, quando Marinélson desceu pela direita e cruzou para Maranhão marcar de cabeça (foto ao lado). O time continuou eletrizante e quase amplia aos 6 minutos, quando Pimenta foi buscar jogo no campo defensivo, lançou Fernando pela esquerda que avançou e cruzou, com a bola passando por Marinélson no meio da área do Manaus Compensão.

Aos 8 minutos Pimenta percebeu Marinélson se infiltrando pelo meio da zaga adversária e lançou milimetricamente para o companheiro, que perdeu, batendo para fora, à esquerda de Weber. Aos 9 minutos Fernando lançou Marinélson de novo pelo meio, mas o fastiano foi seguro na corrida por Greg, falta não anotada pelo árbitro Manoel Domingos da Conceição Cruz.

Aos 10 minutos veio o lance mais preocupante da partida. Mais uma vez Pimenta recuou para buscar jogo e partiu do meio de campo, em velocidade, até se chocar frontalmente, e de forma involuntária, com Américo, que imediatamente caiu, ficando estendido no gramado. O primeiro a perceber a gravidade do lance foi Weverton, do Fast Clube/Ulbra, que imediatamente acenou, chamando a atenção da arbitragem e pedindo desesperadamente a entrada do carrinho de socorro em campo.

O médico do Fast Clube/Ulbra, Dr. José Feitosa, teve a mesma percepção, do banco de reservas. "Corri em direção ao Américo. Momentaneamente nem pensei no Pimenta, pois percebi a gravidade do lance sofrido por Américo", relatou o médico revelando que ele foi atingido na região epigástrica. "Imagine um atleta correndo, exigindo de seu corpo o máximo em desempenho e, de repente, seu organismo sofre alterações abruptas nos ritmos cardíaco e respiratório", explicou, tentando esclarecer as conseqüências do lance que Américo a perder a consciência transitoriamente.
Depois do episódio, o primeiro lance de perigo só veio a ocorrer aos 21 minutos, quando Parintins recebeu pela esquerda e bateu à direita de Leandro Silveira, com perigo. O Fast Clube/Ulbra voltou ao ataque aos 25 minutos quando Weverton cruzou da direita e Mário Jorge tirou da cabeça de Fernando, postando na segunda trave. Aos 29 minutos o Tricolor chegou de novo, com Kitó descendo pela direita e cruzando para trás, mas Weverton furou na entrada da área, à altura da meia-lua.

De tanto insistir o Fast Clube/Ulbra ampliou o marcador ainda no primeiro tempo. O zagueiro Fábio Gomes iniciou jogada pela esquerda, lançando Marinélson, que foi à linha de fundo e cruzou para área, onde Maranhão ajeitou para a chegada de Pimenta, que fuzilou no canto direito rasteiro de Weber.

Insatisfeito com a atuação do lateral-direito Mário Jorge, o treinador Nailton o sacou de campo aos 39 minutos, para a entrada de Coquinho. Na saída Mário Jorge xingou bastante seu treinador. Com a mudança, Pastor passou a jogar na lateral-direita, com o esquema passando para o 4-4-2. E Coquinho quase marca aos 46 minutos, arriscando de longe mas à esquerda de Leandro Silveira.

Aos 49 minutos em jogada na lateral Tiago Brandão entrou de forma criminosa em Marinélson, ficando no lucro por levar apenas cartão amarelo. Insatisfeito, saiu do lance berrando para o árbitro: "é melhor tu dar logo a vitória para eles...", sem qualquer razão, visto que a arbitragem conduzia a partida de forma equilibrada. Ao terminar o primeiro tempo, Manoel Domingos foi peitado por Tiago Brandão, no centro do gramado, mesmo sob proteção policial. Aí o árbitro não teve alternativa senão expulsá-lo.

Com um jogador a mais no segundo tempo, o Fast Clube/Ulbra consolidou sua vitória, mas desperdiçou a oportunidade de construir uma goleada histórica, com sucessivas chances jogadas fora por Pimenta, Marinélson e Maranhão. Logo aos 50 segundos Kitó desceu pela direita e cruzou muito fechado, mesmo assim assustando, pois a bola pegou duas vezes no travessão antes de sair pela linha de fundo.

O terceiro gol veio aos 6 minutos, quando Fernando arracou pela esquerda e tocou para Pimenta, em condições de marcar. Ele podia ter encoberto Weber, que se adiantou para tentar o combate. Mas de forma muito inteligente, rolou de primeira para o lado, onde surgiu Maranhão, batendo para o gol vazio, marcando seu 4º gol no campeonato e assumindo a artilharia da competição.

O Fast Clube/Ulbra continuou jogando fácil e aos 7 minutos Maranhão lançou Pimenta que penetrou de frente e bateu na saída de Weber, com a bola explodindo em seu peito. Aos 8 minutos a jogada foi toda trabalhada por defensores. Fábio Gomes cruzou da esquerda, colocando de forma consciente na cabeça de Ney Júnior, livre na segunda trave, mas o cabeceio saiu para fora, com mais uma chance incrível desperdiçada.

O Manaus Compensão respondeu aos 14 minutos, com Parintins mergulhando de cabeça após cruzamento da direita e quase alcançando a bola. Aos 15 Leandro Silveira saiu fechando o ângulo, crescendo para cima de Buiú e abafando o chute numa grande defesa. Aos 18 minutos Kitó fez falta em Vidinha quase na linha da área, impedindo a penetração do adversário.

Aos 21 minutos o Fast Clube/Ulbra teve um gol bem anulado, pois Fernando, ao tentar a meia bicicleta, cometeu jogo-perigoso. Na seqüência do lance Marinélson empurrou para as redes, mas a jogada já estava invalidada.

Com o placar definido e sobrando nas jogadas de ataque com Maranhão, Marinélson e Pimenta, com apoio dos alas Kitó e Fernando, o Fast Clube/Ulbra relaxou e permitiu um crescimento do Manaus Compensão, comandado por Vidinha. Aos 27 minutos ele fez jogada de linha de fundo, driblando Ney Júnior e bateu forte, mas em cima do corpo de He Man, com a bola saindo a escanteio.

Aos 31 minutos Greg cobrou falta frontal e Leandro Silveira espalmou para escanteio. Aos 32 quase o Manaus Compensão diminuiu, com Vidinha descendo em velocidade pela esquerda e cruzando forte e rasteiro, com a bola passando por Leandro Silveira mas também por Charles.

O Fast Clube/Ulbra voltou a dominar as ações e perder gols a partir dos 34 minutos, quando Pimenta ficou cara a cara com Weber, mas perdeu. Marinélson também perdeu sua chance, aos 38, quando tabelou com Juscier, driblou Greg mas bateu por cima do gol de Weber, com perigo. Ainda aos 38 minutos, Kitó recebeu de Pimenta, invadiu a área e bateu com estilo, mas Weber teve reflexo e mandou a bola a escanteio.

Aos 40 minutos Marinélson invadiu pela direita e tentou surpreender Weber, que vinha saindo para interceptar um possível cruzamento para o meio da área, onde Pimenta estava livre. Marinélson preferiu bater direto para o gol mas Weber deu um giro no corpo, voltando para o sentido do gol, e conseguiu realizar a defesa. A última boa chance foi desperdiçada por Macedinho, aos 42 minutos, quando preferiu fazer firula dentro da área, chamando o adversário para o drible, quando podia ter batido a gol.

Ficha Técnica:
Fast Clube/Ulbra 3x0 Manaus Compensão
5ª Rodada da 1ª Fase do Campeonato Amazonense
Sábado, 13 de março de 2010, 16 horas
Estádio Vivaldo Lima
Renda: R$ 1.725,00
Público pagante: 184
Público presente: 420
Árbitro: Manoel Domingos da Conceição Cruz
Auxiliar 1: Gilbert Ferreira Costa
Auxiliar 2: Marcleudo Nunes de Lima
4º Árbitro: Odson Santos da Silva
Delegado: José Roberto Moreira da Rocha
Cartões Amarelos: Pimenta 32 e Tiago Brandão 49 minutos do 1º tempo. Kitó 2, Charles 36 e Piru 36 minutos do 2º tempo.
Expulsão: Tiago Brandão no intervalo da partida.
Gols: Maranhão 4 e Pimenta 37 minutos do 1º tempo. Maranhão 6 minutos do 2º tempo.
Fast Clube/Ulbra: (1) Leandro Silveira; (3) Ney Júnior, (5) He Man e (6) Fábio Gomes; (2) Kitó, (8) Márcio Parintins, (10) Weverton (14 - Macedinho 15/2º), (11) Maranhão (13 - Souza 34/2º) e (4) Fernando (15 - Juscier 29/2º); (9) Pimenta e (7) Marinélson. Técnico: Aderbal Lana.
Suplentes: (12) Caio, (13) Souza, (14) Macedinho, (15) Juscier, (16) Rodrigo Maués, (17) Micael e (18) Chiquinho.
Manaus Compensão: (1) Weber; (3) Tiago Brandão, (4) Greg e (5) Pastor; (2) Mário Jorge (13 - Coquinho 39/1º), (8) Américo (14 - Hugo 15/1º), (10) Piru, (11) Vidinha e (6) James; (9) Parintins (19 - Charles 21/2º) e (7) Buiú. Técnico: Nailton Garces.
Suplentes: (12) Adriano, (13) Coquinho, (14) Hugo, (16) Dan, (17) Thiago Silva e (19) Charles.

Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita

sexta-feira, 12 de março de 2010

Um ano de Blog

Apenas para registro. Não lembrava quando havia começado a escrever no Blog. Por curiosidade fui pesquisar e constatei que a primeira postagem foi no dia 3 de março de 2009, com as fotos do treino amistoso entre Fast Clube x Rio Negro, no CT Fast Clube/Ulbra. Depois, no dia 6 de março, a primeira postagem com textos, Fast Clube 1x1 ABC, pela Copa do Brasil.

Portanto, embora eu nem tivesse sentido, o Blog já fez um ano de vida.

Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita

Reprodução da Revista 10 - Fast Clube 0x0 NY Cosmos

Segue a reportagem de cinco páginas da Revista 10, Edição 3, publicada em 2004, sobre o jogo Fast Clube 0x0 NY Cosmos.






Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita

terça-feira, 9 de março de 2010

Fast Clube 0x0 Cosmos, um recorde insuperável...

Público pagante de 56.890 torcedores e um inesquecível desfile de craques

No dia 9 de março de 1980 o futebol amazonense viveu o seu mais épico momento. O estádio Vivaldo Lima, que já sediou as emoções de duas Seleções Brasileiras numa mesma jornada (na inauguração em 1970), 3 jogos amistosos da Seleção Brasileira (Colômbia em 1995 e Croácia e Bósnia em 1996), jogo oficial válido pelas Eliminatórias (em 2003, contra o Equador), jogos da Mini Copa em 1972, partida oficial pela Conmebol de 1996 entre Vasco da Gama (RJ) e Tolima (Peru), partida oficial pela Série A 2003 entre Vasco da Gama (RJ) x Fortaleza (CE) e o Torneio Pacto Amazonense de 1981, dentre outros momentos inesquecíveis, nunca terá igualado o enredo de Fast Clube 0x0 Cosmos (EUA).

O New York Cosmos foi um dos times mais populares do insípido futebol norte-americano dos Anos 70/80. De propriedade do grupo Warner Communications, investiu na contratação de craques renomados para tentar alavancar a modalidade entre os ianques, fãs da combinação proporcionada pelo espetáculo com o esportes. Entre 1975 e 1977 Pelé desfilou seu talento pelos adaptados campos de futebol dos Estados Unidos, arrastando multidões aos estádios, cumprindo seus objetivos.

Tanto pelo futebol praticado como pelo quilate das estrelas que compunha a constelação do NY Cosmos daquela época, o time foi comparado ao Real Madrid do início dos anos 2000, cheio de astros de primeira grandeza. Além de Pelé, também jogaram no Cosmos o alemão Beckenbauer (1977 a 1980 e depois 1983), o brasileiro Carlos Alberto Torres (1977 a 1980 e depois 1982), o gênio holandês Johan Cruyff (alguns jogos em 1978 e outros mais em 1981) e o zagueiro polonês Zmuda, que disputou as Copas do Mundo de 1974, 1978, 1982 e 1986, dentre outros craques.

No Brasil naquele início de março de 1980, o NY Cosmos jogou em Manaus no dia 9, seguindo para São Paulo, onde venceu o Santos na Vila Belmiro por 2x1 e depois para Minas Gerais, com registro de outro empate, agora por 1x1, contra o Uberlândia (MG). Em Manaus o evento foi muito além de uma partida de futebol. Com a chancela da Emantur (Empresa Manauense de Turismo), os jogadores conheceram pontos turísticos da cidade e depois "emprestaram" seus nomes e famas a campanhas turísticas do Amazonas na Europa e Estados Unidos. Assim, Beckenbauer aparecia diante do Teatro Amazonas numa foto estampando panfletos e posteres espalhados pela Europa com os dizeres "Estive visitando o maior templo da arte do universo. Venha você a Manaus". O holandês Neeskens fez peça publicitária idêntica, trocando o cenário de fundo pelo Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões.

Na foto acima, publicada na página 42 da Revista 10, edição 3, de 2004, Carlos Alberto Torres, uma das estrelas do NY Cosmos.

Fast Clube surpreendeu
Em campo, apesar do calor, os dois times proporcionaram um bom espetáculo aos torcedores, que se espremiam nas ainda mais quentes arquibancadas de concreto puro. "O Fast Clube surpreendeu e teve mais chances no jogo. Clodoaldo foi o melhor em campo e quase fez um gol numa jogada individual" (in Revista 10, edição 3, 2004, página 46).

Sem espaço, centenas ou talvez até milhares de torcedores se concentravam nas marquises do estádio. De vez em quando um gaiato gritava: "tá tremendo tudo". De vez em quando um desavisado acreditava e, por precaução, se jogava das marquises para o corredor entre os portões e a arquibancada. Conta-se, embora sem registro oficial, que até morte foi registrada fruto desta "brincadeira".

Os 56.890 torcedores pagantes constituem-se em um recorde inabalável. Com a redução da capacidade do estádio Vivaldo Lima para cerca de 33 mil lugares, após a instalação de assentos individuais para cumprir determinações da FIFA, o recorde de público pagante jamais será superado. Nem mesmo com a nova Arena, a ser construída para a Copa de 2014, e que terá capacidade para 41 mil pessoas.

Joaquim Alencar
Emérito fastiano, o empresário Joaquim Alencar foi o responsável por esse momento histórico do futebol amazonense. Representante comercial da empresa de relógios Citizen, Alencar tinha clientes em todo o Brasil. Por isso vivia visitando outros Estados, para vender os novos lançamentos da empresa. Assim chegou à Vila Belmiro, em Santos, onde conquistou como fregueses o paraense Manuel Maria, Pelé e Julio Mazzei. Quando Pelé e Mazzei foram para o Cosmos, em 1975, Alencar também passou a representar o time no Brasil.

"No jogo em Manaus chegaram a pensar no Flamengo de Zico, no Corinthians de Sócrates ou no Internacional de Falcão, que era Tricampeão Brasileiro. Mas eu convenci que a partida fosse contra o Fast Clube", lembrou Joaquim Alencar em 2004 em entrevista à Revista 10, que já não circula mais (página 44).

Revelações de Oscar
Na mesma edição, o zagueiro Oscar revela um pouco da impressão dos badalados jogadores sobre Manaus e o amistoso. "Duas coisas impressionaram muito os jogadores: o calor terrível e a imensidão da Floresta Amazônica. Na chegada, o avião passou uma duas ou três horas sobre a floresta e era um verde que não tinha fim", relatou Oscar ao repórter Marcelo Orozco, autor da matéria de cinco páginas na Revista 10.

Oscar, que foi titular da Seleção Brasileira nas Copas de 1978 e 1982, revelou ainda que "o Beckenbauer queria sempre a bola em seu pé, era mais show, ficava mais atrás, na espera para avançar. Por causa disso, o Neeskens vivia arrumando contusão para não jogar. Como ele era um lutador, de se ralar no chão, dizia que não ia correr pelo Beckenbauer".

Sobre o atacante italiano Chinaglia, que depois virou dirigente do Cosmos, Oscar contou que "tinha rixa com qualquer um que fizesse mais gols que ele. Tanto que o Romerito, que chegou ao time junto comigo, já foi fazendo muitos gols e, um dia, eu briquei com ele: deixa o homem (Chinaglia) fazer um agora, que é melhor para você...".

A foto acima mostra Oscar e Clodoaldo, momentos antes do início da partida e foi publicada na Revista 10, página 45.

Made in Fast Clube
Eufórica com a presença dos primeiros galáticos do futebol mundial em Manaus, a imprensa local especulou que o NY Cosmos contrataria um jogador fastiano. À época as apostas recaíram sobre o habilidoso meia Tauires e o lateral-esquerdo Judelci. Porém o fastiano que foi jogar nas terras do Tio Sam foi Clodoaldo (ex-Santos e Tricampeão do Mundo em 1970, no México), contratado especialmente para esse amistoso por Cr$ 55.000,00 mais despesas de hospedagem que somaram Cr$ 13.952,00. E o time norte-americano que o contratou não foi o Cosmos e sim o New York United.

Relíquia perdida
O ponta fastiano Orange tinha uma relíquia em mãos: a camisa do atacante português Seninho, trocada após a partida. Conta um colaborador do blog que até algum tempo atrás Orange desfilava com essa camisa pelas ruas do bairro Aparecida, zona Sul de Manaus. Mas que um certo dia Orange se desfez do "troféu", por alguns poucos trocados.

Ficha Técnica:
Fast Clube 0x0 New York Cosmos
Amistoso Internacional
Domingo, 9 de março de 1980
Estádio Vivaldo Lima, Manaus
Árbitro: Odílio Mendonça da Silva (AM)
Renda: Cr$ 5.744.150,00
Público pagante: 56.890
Público presente (estimado): 70.000
Expulsão: Carlos Alberto Torres 43 minutos do 1º tempo.
Fast Clube: Miguel Banana; Carlos Alberto, Joãozinho, Marcão e Judelci; Clodoaldo, Zé Luis e Tauirís (Fabinho); Rogério, Bené (Iranduba) e Orange (Pesado). Técnico: Juarez Bandeira.
NY Cosmos: Birkenmayer; Eskandarian, Oscar, Carlos Alberto Torres e Wilson; Beckenbauer, Romerito e Rick Davis; Seninho, Chinaglia e Marck Liveric (Nelsi Moraes). Técnico: Julio Mazzei.

Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita

domingo, 7 de março de 2010

Há 39 anos, jogador do Fast Clube fez o primeiro gol "amazonense" no Vivaldo Lima

Zezinho, jogador do Fast Clube, foi o primeiro amazonense a marcar gol no estádio Vivaldo Lima

Foto do Livro Baú Velho (1999), de Carlos Zamith, página 116

Prestes a ser demolido, o Estádio Vivaldo Lima celebra um fato histórico neste 7 de março: o primeiro gol de um jogador amazonense marcado no estádio, anotado pelo fastiano Zezinho (foto), na vitória sobre a Rodoviária por 2x1, na disputa do Torneio Danilo Areosa, que teve ainda as participações de Nacional e Rio Negro.

Batista, mineiro de nascimento, abriu o marcador para a Rodoviária aos 33 minutos do 1º tempo e Zezinho empatou a partida, aos 14 minutos do 2º tempo. O Fast Clube ainda viraria o marcador, com um gol do paraense Laércio, aos 37 minutos do 2º tempo.

Existem aqueles que preferem polemizar, dizendo que o primeiro gol do estádio Vivaldo Lima foi marcado pelo jogador Caroço, à época da "escolhinha" do São Raimundo Esporte Clube, num evento realizado para testar o gramado do estádio, ainda com suas arquibancadas e demais instalações em construção, no ano de 1969. O evento ficou conhecido como "Festival de Futebol", reunindo garotos das escolhinhas (categorias de base) dos clubes locais. Mas o estádio só foi inaugurado oficialmente em 5 de abril de 1970.

Outros "primeiros gols"
O primeiro gol oficial do Vivaldo Lima foi marcado por Dario, o Dadá Maravilha, em 5 de abril de 1970, na inauguração do estádio, atuando pela Seleção "B" do Brasil contra a Seleção "B" do Amazonas, na partida preliminar entre os times principais do Brasil e do Amazonas. O Brasil "B" venceu por 4x1 e Dario marcou logo aos 4 minutos de jogo.

Nesse mesmo jogo preliminar Laércio, paraense de nascimento e jogando pelo Amazonas "B", foi o primeiro jogador local a marcar no Vivaldo Lima, empatando a partida aos 21 minutos, ainda no 1º tempo. Laércio também era jogador do Fast Clube.

Danilo Duarte de Mattos Areosa, que emprestou seu nome ao Torneio, foi governador do Estado do Amazonas no período de 1967 a 1970 e estava no exercício quando da inauguração do Vivaldo Lima. Em 1971, ano da disputa do torneio, o governador do Amazonas era João Walter de Andrade.

Ficha Técnica:
Fast Clube 2x1 Rodoviária
Domingo, 7 de março de 1971
Torneio Danilo Duarte de Matos Aerosa
Árbitro: Paulo Bernandes
Gols: Batista 33 minutos do 1º tempo. Zezinho 14 e Laércio 37 minutos do 2º tempo.
Fast Clube: Marialvo; Antônio Piola, Casemiro, Zequinha Piola e Pompeu; Zezinho e Valdocir (Holanda); Laércio, Afonso (Rangel), Édson Piola e Zequinha Paraense.
Rodoviária: Clóvis; Brito, Ubiracy, Pereira e Mário; Gil e Ângelo; Almir, Diquinho (Luis Carlos), Batista e Miguelzinho (Santiago).

Fonte: Livro Baú Velho (1999), de Carlos Zamith, páginas 115 e 116.

Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
@Fastiano